sábado, 6 de agosto de 2016

Continuação

 Continuo mal humorada e pessimista, minha conta sempre zerada, não aguento mais essa pobreza, mas serão mais uns dois anos assim até abater um bom valor do financiamento e prestação abaixar.
 Não dou conta do serviço de casa e continuo sem ajudante pois não posso bancar uma.
 Para melhorar, além da doença celíaca descobri que o que tenho é fibromialgia, que pode ter vindo em consequência dos anos a fio consumindo glúten sem saber da minha patologia, mas meu ortopedista fala que não, foi da violência e negligência que sofri na infância. Maldita infância, tive um péssimo pai, quer dizer, não tive pai e uma péssima mãe e quem se fodeu na vida adulta fui eu. Eu que desenvolvo doenças emocionais e tenho que me tratar. Acupuntura, rpg, muito exercício físico para liberar endorfina para meu cérebro e glúten nunca mais, quem sabe em uns dois anos ou três ou cinco estarei curada, ou nunca também.
 É bem complicado, a maioria das pessoas tem raiva de outras, eu tenho raiva dos meus pais, preciso superar se quiser viver uma vida plena, mas como?
 Continuo sem tempo para nada. Achei que com minha filha na escola faria milhões de coisas, mas é tão corrido... De manhã prepara café da manhã, almoço, lancheira, lição de casa, sim, com 4 anos ela já tem lição de casa, leva para a escola, faz alguma coisa à tarde. busca na escola, janta, banho, isso porque "não trabalho", como muitas pessoas gostam de falar, mulher que larga tudo para cuidar dos filhos trabalha sim e muito, só não trabalha fora, mas criança não se cria sozinha, alguém tem que cuidar,quando a mãe precisa trabalhar fora, alguém precisa ficar no lugar dela,  mamadeira, põe para dormir, acorda mais de de vezes na madrugada, pois é, não sei o que aconteceu, mas ela inventou de ir para nossa cama todas as noites... Estou tão cansada, tão nervosa e irritada, nem passiflora de 600mg está adiantando, deve ser a fibromialgia, quem sabe quando eu sarar meu humor melhore.
 A parte boa, eu adoro essa rotina de levar na escola, ver os trabalhinhos, conversar com outras mães que também largaram tudo para cuidar dos filhos, não me sinto tão et assim. Adoro as apresentações, ela fez uma de ballet em junho, chorei litros e mais litros.
 Agora tenho um carro, fiquei com o carro do meu marido durante o primeiro semestre, ele acha que está perdendo dinheiro nas viagens e não suporta depender do carro da empresa, melhor custo benefício foi me comprar um carro, por incrível que pareça, vamos ganhar com isso. Tomara que isso melhore o humor dele, que anda insuportável.
 Vivendo e aprendendo, continuo na luta, continuo achando que família é na alegria, tristeza, riqueza e pobreza.
 Beijos minha lindas!

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