terça-feira, 29 de julho de 2014

59 dias do Detox de gastos.

 Hoje eu fiquei realmente na dúvida do que eu podia fazer ou não. Como eu disse para vocês eu estava precisando ver minhas amigas, liguei, teclei com várias delas e uma delas perdeu o emprego essa semana e estava precisando de um ombro. Marquei de encontrá-la pelo meio dia para ir numa exposição gratuita e eu me virava e comia qualquer coisa (as crianças foram comidas e levei todos os apetrechos necessários à eles).
 Encontrei com ela e deu a hora da fome, lembrei de um restaurante perto da galeria que vi recomendado numa revista da cidade nessa semana. O enfoque do chamado ao restaurante foi justamente o de uma boa comida com um preço super justo. Resolvi para com ela para comer lá, senão eu ia desmaiar, eu precisava comer pois encontrei com ela ao meio dia e fui chegar em casa somente as sete, aproveitei que o carro ficou comigo, sendo que ultimamente quase não fica mais.
 Entramos, comemos, bebemos e pagamos e a conta foi bem baixa, coisa que eu gastaria para ir no mercado comprar carne e arroz para fazer em casa, enfim, almocei fora durante o detox de gastos.
 Conversando com ela sobre a minha proposta de ficar um ano sem gastos chegamos a conclusão que o de hoje podia (podem dar opinião por favor), pois o que estou me propondo nesses 365 dias é o desapego, é aprender a gastar o dinheiro que tenho. Se fosse num dia normal eu iria em algum que gastaria muito mais que o dobro que gastei hoje, algum moderninho e bem falado, fui em um restaurante que está se promovendo por ter um bom preço e não explorar os clientes. Acho que é válido, não sei vou pensar nessa semana, pois minha cabeça está 24hs por dia pensando no que eu posso, não posso, devo, não devo e a culpa anda sendo a minha melhor amiga ultimamente.
 Mas acredito que o fato de eu ter ido num lugar mais barato, trivial, onde se prega justamente o desapego e eu podia pagar essa conta hoje sem mexer em nada no orçamento e não balançou em nada na minha vida significa que eu podia. O fato de eu ficar o dia todo na rua também significa que eu precisava almoçar, pois não sou nenhum monge tibetano que pode ficar o dia inteiro sem comer, ainda mais tendo filhos, preciso de força e essa força vem da comida, então eu precisava.
 Podia ter ficado em casa e não ter feito nada? Podia, mas a intenção do detox não é essa, é eu aprender a sair, me socializar sem deslumbre e consumo desenfreado. Estou ficando neurótica dentro de casa e não é todos os dias que estou com o carro, eu tinha que aproveitar e dar uma voltinha com minha amiga, até porque ela tem uma filha da idade dos meus filhos e eles são amigos de infância literalmente (de barriga inclusive).
 Enfim, mesmo me sentindo culpada porque eu almocei fora, acredito que eu precisava comer por questão orgânica, quis sair porque precisava espairecer e dar uma força à essa minha amiga e acredito que fiz bem por ir em um lugar que tem a mesma proposta que eu tenho...
 Aceito críticas e sugestões, vocês estão nessa comigo e toda opinião me ajuda a amadurecer e crescer como pessoa e aprender o que é certo e errado.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Onde erramos no apartamento atual, consumismo...

Pegamos nosso apartamento a 4 anos atrás, novinho, cheirosinho, todo nosso para fazer o que quiser. Era só eu e meu marido. Nos mudamos para cá somente com o básico para depois arrumarmos do nosso jeito aos poucos.
 Compramos a cozinha, o quarto e um guarda-roupas para o outro quarto que estava vazio. Nesse outro quarto colocamos uma arara, tenho fissura por araras, adoro!!! Como eu vim trabalhar em casa como representante precisava de um espaço para o notebook e a papelada, fiz um escritorinho nesse outro quarto. Tinha espaço para tudo dentro de casa, até que o consumismo começou anos dominar.
 Começamos a comprar poltronas, banqueta, sofá, hack, fruteira no chão, cadeira de escritório, pufes, cadeiras, eletrônicos, bugigangas, roupas, sapatos, bolsas, tapetes, vasos...
 Depois de um tempo de casados decidimos que era a hora de ter filhos, já estávamos cansados de ficar sozinhos e decidimos que era hora de expandir a família e providenciar um herdeiro.
 Tranquilo, um bebê não ocupa espaço, tem o outro quarto sobrando que só colocamos as roupas do marido e bugigangas, é só colocar um berço na outra parede e um guarda-roupas de bebê, vai dar tudo certo.
 Chegou o bebê, colocamos o berço e guarda-roupas sob medida para guardar as coisas do bebê, vai dar tudo certo. Só que teve comprar trocador, banheira, fraldas, brinquedos, carrinho, bebê conforto, cadeira de bebê, pepa pig, galinha pintadinha, triciclo, tapete, mamadeiras.
 Caraca, onde é que eu vou enfiar tudo isso???? Não vou, precisamos de um apartamento novo... Começou a sina que vocês já conhecem.
 Quais foram nosso erros? O apartamento era o suficiente para eu e o marido, 2 pessoas, num apartamento pequeno de 2 quartos é perfeito, mas começamos a nos empolgar com as coisas, começamos a comprar tudo que via pela frente, fora tudo que ganhamos de presente de casamento, não tinha nem onde colocar os presentes...
Fora móveis, eu achava que precisava ter armários dentro de casa, precisava de armários para guardar as coisas que comprei depois, só que compramos tanta coisa que os armários não foram suficientes e descobri que coloquei armário demais.
 Minha cozinha é de apartamento, daquelas que é um corredor e emenda com a lavanderia, pois bem, coloquei um box para dividir os dois e enchi de armários na cozinha e na lavanderia, fruteira na cozinha, não consigo me mexer lá! Vocês não tem noção dos galos que temos na cabeça de tanto que já batemos naqueles malditos armários, a fruteira dei de presente, com dor no coração, mas não tinha como ficar com ela lá.
 O banheiro já era pequeno e ainda coloquei armário, o armário é lindo, mas ficou grande demais e roubou espaço do banheiro.
 O Warren Buffet que diz que se comprarmos coisas demais de que não precisamos logo teremos que vender as coisas que precisamos, é a mais pura verdade, pois comprei tantas coisas para esse apartamento e depois tive que dar tudo, ainda bem que não precisei vender nada, ainda não cheguei a esse ponto, mas é um dinheiro que eu não precisava ter gasto e podia estar disponível agora para ajudar no apartamento novo...
Se eu continuasse morando aqui nesse mesmo apartamento com certeza agora eu mudaria tudo a disposição dos móveis, pois é o guarda roupa do marido no quarto das crianças, eu tiraria ele para tirar colocar os brinquedos que estão na sala embaixo da mesa, tiraria o escritório, que daria lugar a cadeirinha de refeição,  nosso quarto está cheio de armário, mas não fomos inteligentes, pois não são muito práticos, se fossem caberia minhas roupas e as do marido neles.
 Aprendendo... para o próximo apartamento vamos levar o que já temos, não vou comprar nada agora, pois quero sentir o apartamento primeiro para depois gastar dinheiro de uma forma inteligente com coisas realmente legais e que sejam práticas.

Saudades das minhas amigas...

Ontem a noite, depois de colocar as crianças para dormir fui para a sacada tomar um Martini, relaxar, respirar um pouco de ar e me bateu a nostalgia. Deu tanta saudade das minhas amigas, pensei que podia estar sentada com alguma delas tomando o mesmo drink, na mesma sacada, mas batendo altos papos com elas. Sinto tanta saudade das meninas, das risadas, das fofocas, das reclamações, da parceria, de tudo.
 Não sei se elas sabem dessa tamanha saudade que sinto, pois acho que elas pensam que eu não quero mais vê-las, que sou chata, que é frescurite minha ou que casei e fiquei uma mala sem alça, não sei que tipo de coisa passa na cabeça delas, mas deve ser alguma dessas coisas, pois é isso que eu pensava das pessoas que sumiam depois que tinham filhos.
 Eu não sabia como era, agora eu vejo. Sinto tanta saudade de as encontrar e bater papo sem me preocupar se o que estou falando está certo ou errado. Ando assim agora, parece que quando as encontro estou tão chata que depois fico me questionando se o que eu falei estava certo ou errado. Nenhuma delas nem sonha o quão neurótica estou, mas depois que virei mãe fiquei meio pirada. Parece que quando as encontro faço tudo errado, estou demorando para conseguir conciliar a mulher com mãe. Depois que virei mãe comecei a querer ser uma pessoa melhor e nesse período de tentar ser melhor parece que era muito errada, fazia tudo errado, falava tudo errado.
 Já me disseram, você não é pior que ninguém, não é melhor, mas também não é pior. Tão estranho, depois que entrei nesse caminho de auto conhecimento, de desapego me sinto a pior das criaturas, dizem que é assim mesmo, quando tentamos nos conhecer melhor, descobrimos nosso pior lado, tentamos mudar e a mudança dói!
 Mesmo quando noivei e me casei, mesmo depois dos filhos eu continuava encontrando com elas e não tinha essas neuroses não, mas agora as crianças estão maiorzinhas, o apartamento ficou muito pequeno, quando elas dormem não pode ter barulho, estamos economizando e nem chamar elas aqui eu posso mais.
 Eu sempre as encontrava para almoçar, jantar ou vinham aqui em casa tomar um vinho, agora não dá para fazer nem isso, não posso gastar, e qualquer chamadinha em casa custa dinheiro. Elas vivem chamando, vamos sair? Vamos marcar? E eu digo, vamos sim, e esse vamos sim está passando dias, semanas, meses.
 É tudo tão difícil e complicado, porque eu posso encontrá-las durante a semana, mas a maioria delas está trabalhando no horário que posso encontrá-las e no horário que elas tem folga eu tenho que ficar com minha família.
 Espero que elas me entendam, pois eu morro de saudades, mas está tudo muito difícil, temos apenas um carro, que geralmente fica com meu marido, para fazer alguma coisa tenho que pegar táxi, que não posso pois gasta, ônibus só se for de dia.
 Tem os eventos que vou com a minha família, mas não é a mesma coisa, pois as crianças ficam correndo para lá e para cá, eu fico correndo atrás, não consigo falar direito com ninguém, lá pelas tantas meu marido resolve que quer ir embora, começa a fazer cara feia e resmungar, as crianças começam a berrar e tenho que sair correndo.
 Tento falar com elas pelo whats, mas não é a mesma coisa, sinto falta de vê-las, de conversar, de jogar papo fora, de poder terminar uma única frase.
 Quando eu não tinha filhos achava um absurdo as pessoas que sumiam porque tinham filhos e agora eu vejo que não é por mal, é obrigação, está implícito no pacote casamento, marido, filhos.
 Engraçado que nos encontrávamos e ficávamos horas falando sobre como seria quando achasse o príncipe encantado, como seria quando tivesse um marido, como seria casada.
 Agora eu sei, sou casada, tenho filhos, achei meu príncipe e não posso mais ver minha queridas amigas tão frequentemente.
 Sei que sinto saudades das minhas amigas, fiquei um bom tempo isolada, teve épocas que eu sei que as deixei de lado, foi sem querer, era eu que precisava de espaço, que não conseguia falar com as meninas, pois eu estava em crise comigo mesma, estou me descobrindo, estou descobrindo quem sou eu agora, pois não sou mais a mesma que era antes de ser mãe.
 Preciso descobrir minha identidade atual, pois nem eu sei qual é, me sinto meio perdida dentro da minha cabeça. Teve um tempo em que eu não atendia telefone, desligava tudo, todo mundo reclama disso, inclusive minha família, mas é que ninguém entende a confusão que fica nossa cabeça quando viramos mães.
 Estou tentando aos poucos retomar ao cotidiano, estou tentando procurar minhas amigas, muitas eu até evito de chamar porque eu sei que se eu encontrar vai ser somente para reclamar da minha vida e acho que ninguém merece mais aguentar meus resmungos, nem eu os aguento mais, quem dirá minhas amigas, coitadas...
 Estou procurando pelo menos manter contato, mas eu queria mesmo era vê-las mais, queria muito que elas soubessem disso, não esqueci minhas amigas, não virei uma chata ou uma mala, estou somente me descobrindo nessa vida nova que tenho, só que sinto muito a falta delas, queria muito ter elas mais pertinho de mim, tomara que elas me entendam, acredito que quando eu mudar de casa e conseguir chamar mais elas para virem em casa, elas entenderão que fui obrigada a me ausentar um tempo, que faz parte da maternidade, mas que elas estão todinhas aqui bem guardadinhas no meu coração...

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Pão e ovo!

 Relaxei um tempo nas planilhas e aconteceu o que era esperado, extrapolamos onde já estava tudo certo! Como eu tinha conseguido organizar todas as contas da casa e já tínhamos fechado quais os gastos fixos, estava tudo bem tranquilo e a planilha estava completamente abandonada desde janeiro, coloquei elas em ordem essa semana e bum! Orçamento estourado justo onde? Mercado e farmácia! Quase óbvio, mas pesou.
 Podemos pagar, está tudo tranquilo, mas a partir de agora nossos custos com o apartamento irão aumentar, o condomínio, a luz, o gaz, o valor da prestação do financiamento. Temos que estar super organizados e focados para não fazer besteira e faltar dinheiro no fim dos meses pelo próximo ano.
 Olha gente, confesso que eu estou de saco dessa porra de economizar, parei de comprar roupa, parei de comprar sapato, parei de comer fora, parei de ir ao cinema, agora vou ter que economizar mercado. Mais, pois eu já tinha cortado bastante coisa, estava bem enxuta a lista. Daqui a pouco paro de respirar!!! (Escuto muito ópera, sou meio dramática mesmo).
 Bom, eu já não costumo comprar besteirol, sorvete acho que comprei uma única vez esse ano, bolacha recheada, chocolate, refrigerante, essas coisas, na verdade eu não compro por questão de saúde mesmo, me cuido muito e cuido muito da família também, não deixo ninguém ficar obeso, diabético e com colesterol alto aqui. Sobremesa durante a semana é fruta e para acompanhar as refeições é sempre suco de fruta que faço na hora ou água de coco. Sabem que além de emagrecer e cuidar da saúde também cuida do bolso, porque fazer comida de verdade, arroz, feijão bife é muito mais barato que qualquer industrializado e meu nutrólogo sempre fala que comida boa é a que vem de Deus, nada que é industrializado presta, saúde boa, bolso cheio.
 Minha lista básica de mercado inclui arroz integral e o normal, macarrão integral (saem até mais caro, mas nada que afete o bolso e a saúde sempre agradece os integrais), polenta, pães, frutas, legumes e verduras que compro fresquinhos no sacolão que faço uma vez por semana, carnes, aí que o bicho pega, só compro file mignon, está mais de 50 paus o quilo, já tinha tentado tirar da lista e substituir por outra carne, mas não consegui, mas pelo menos por um tempo é o que terei que fazer, até porque carne é só para mim, as crianças ainda não comem por mais que eu tente e faça e coloque no prato deles, olham para a carne e fazem de nojo e marido almoça no trabalho e a noite não janta, come outras coisas.
 Somente o que consigo pensar no momento para baratear o mercado, porque as outras coisas eu já substitui tudo, tirei meus vinhos, meu brie, todos os meus, só eu me ferro nessa história porque as crianças só comem macarrão, arroz e milho mesmo e o marido é da mesma leva, gosta de comida de criança. Vou ter que entrar na dança, aprender a viver um tempo com o básico, comer o que faço para eles. O jeito vai ser passar a base de pão e ovo mesmo...  Nada contra, pois uma das dietas que fiz o cardápio era pão sírio integral e ovo mexido no jantar todos os dias.
 Tem coisas que não tem como mexer, tipo, o veja não dá para substituir, pois se pego um mais barato, acabo tendo que usar mais para dar o mesmo efeito, não vale a pena, omo também não mexo mais.
 Vou ver como vai ser a próxima compra e ver o que é que deixa a compra cara, acredito que são os extras, tipo, ah, a lista básica já está aqui e ainda tenho um pouco de verba, acrescenta isso e isso, pronto, estoura a conta.
 Vou voltar ao plano inicial de 1 ano atrás que determinamos quanto gastaríamos no mercado e voltar a focar nisso, sem aumentar um pouquinho cada vez, funcionou a dois anos atrás, vai funcionar novamente!!!
 Pão e água, pois o ovo está meio caro!!!

O dom da paciência!

 Sempre fui uma mulher muito ansiosa, que quis tudo para ontem e daquelas que não espera as coisas acontecerem, mas fazia acontecer, muito impaciente, nunca tive paciência para nada! Em minha orações sempre pedi a Deus para ter mais paciência... Como foi que Ele me respondeu? Me deu uma família para cuidar..
 Pois é, eu sempre quis ter mais paciência, ser mais paciente, sempre fui totalmente tolerância zero, nunca tive paciência com gente burra, com telefone, com pergunta estúpida, nunca tive paciência para esperar (em compensação sempre fiz os outros esperarem por mim, sempre cheguei atrasada em tudo, falta de educação total da minha parte), de tanta falta de paciência me endividei toda pois não podia esperar para comprar amanhã o que eu podia comprar hoje, mesmo se eu não soubesse quando iria receber, há! E devido ao fato de eu ter morado durante 10 anos sozinha fiquei mais intolerante e egoísta ainda.
 Sei que agora estou num momento que tudo que tenho que fazer é esperar, não tenho como fazer nada, tenho que esperar sair toda a documentação para finalmente assinar o financiamento e o apartamento ser oficialmente nosso, tenho que esperar meus filhos crescerem para colocá-los na escola, tenho que esperar eles irem à escola para eu decidir o que vou fazer da minha vida.
 Estou num momento que não posso ir ao dentista, pois fico com as crianças o dia inteiro, não posso fazer RPG (tenho a coluna toda ferrada, escoliose, lordose, todas as oses), e isso seria tudo gratuito pois tenho convênio, não posso trabalhar para fazer um dinheirinho, não posso sair sem me super programar, não posso nada, somente ficar em casa, cuidar da minha família, dos meus filhos e esperar o tempo passar.
 Eu escolhi isso, eu quero isso, não tive filho para dar para os outros criar, quando me pego pensando que decidi ficar com eles até os 4 anos e eles já estão com quase 3 penso que está passando mega rápido e eu queria que durasse mais. Queria poder ficar com eles até os seis se possível, mas a lei agora é entrar na escola aos 4 anos. 
 E está sendo o maior aprendizado de paciência da minha vida ficar com meus filhos, pois crianças exigem o máximo da nossa paciência, muito mais que qualquer ser humano pensa ser capaz. Tem que ser tudo na hora que eles querem, do jeito que eles querem e isso se eles permitirem. 
 Só posso escrever quando deixam, só posso comer quando deixam, só posso ler quando deixam, tem dias que tenho vontade gritar e sair correndo de tanta angústia que me dá de eu pegar um livro, e levar uma manhã inteira para conseguir ler uma única frase. Agora estou tentando escrever já tive que parar mais de 20 vezes para trocar a fralda de um, abrir  e fechar a janela, colocar no berço, tirar, fazer o desenhinho do papai e da mamãe e assim por diante.
 Falam que quando queremos fazer alguma coisa temos que ter foco, mas como ter foco com filhos? Somente com super poderes, leio tudo pela metade e do jeito que dá, penso em escrever quando consigo chegar no computador sai tudo diferente, pois parando de 2 em 2 minutos (literalmente sem exagero) é difícil manter o foco no que estava pensando em escrever, foge tudo...
 Ter filhos é fazer um curso intensivo de como desenvolver a paciência, até porque se não desenvolver a mulher fica louca gritando o dia inteiro: "Para, sai daí, não mexe, come, não bota isso na boca, tira o dedo daí" e toda a ladainha que conhecemos muito bem.
 Ter filhos e um projeto de vida então, é mais difícil, esperar, esperar e esperar, se eu não aprender a ser paciente depois desse ano não aprendo nunca mais.
  Minha paciência está muito melhor, agora o projeto é para de bufar e revirar os olhos, kkk, pois é, pois não dá para ficar gritando o dia todo, mas ainda me pego bufando muito, sinto muito cansaço, estou esgotada, mas essa foi a vida que escolhi. Pior é escutar dos outros, bota na creche logo para vc se livrar!!  Gentem, pra que ter filhos se você não quer criá-los? Uma coisa é precisar trabalhar, manter sua carreira e ter que colocar seu filho na escola para você poder trabalhar porque precisa, outra coisa é colocar na creche, gastar um dinheiro que não devia para "Ter um tempo para mim" "Preciso me cuidar" "Preciso disso", fala sério! A infância é uma só e passa muito rápido, nem acredito que já se passaram 3 anos...
 Sei que reclamo bastante das minhas escolhas, mas foram minha escolhas, eu quero isso e eu estaria reclamando de qualquer jeito, se eu os colocasse na escola estaria me lamentando de não poder ficar eles. Mulheres, o ser humano adora reclamar. Pelo menos assim eu reclamo mas estou o dia inteiro dando e recebendo amor das crianças. Acho que as mulheres se preocuparam tanto em ter direitos iguais que se esqueceram que tem algumas mulheres que ainda querem o tradicional, que ainda querem ser donas de casa, mães e esposas e só! Quero ser dona de casa, meu nervosismo é que as vezes eu quero ser a melhor dona de casa, quero ser a melhor mãe, quero ser a melhor esposa, mas eu quero ficar em casa com meu marido e filhos, é isso que quero! Estou aprendendo a me cobrar menos e aceitar que cometo erros.
 Curso intensivo total de paciência, mas quem sabe eu precisava disso, precisava aprender a ser mais paciente e não existe universidade melhor que a própria casa, pois é fácil ser cordial e gentil com estranhos, em casa que o bicho pega, em casa que é mais difícil, em casa é o maior teste do mundo para saber se você é ou não uma boa pessoa.
 É fácil ser legal e gentil numa festa, no trabalho, com seu chefe, com suas amigas, mas difícil mesmo é ser gentil com seu marido quando ele chega atacado porque está nervoso com o trabalho, fácil ser gentil com o filho dos outros que você vê uma vez na vida, difícil ser gentil com seus filhos que você tem que trocar 30 vezes por dia, que você escuta gritar o dia todo, que abre o berreiro porque você ofereceu um pedaço de tomate e um alface, difícil ser gentil quando você se vê fazendo comidinha bonitinha todo dia, tenta usar a criatividade, faz bonequinhos no prato, faz o pratinho todo bonitinho todo dia e as crianças fazem cara de nojo, dizem ieca e jogam tudo no chão da sala que você acabou de passar pano com veja pela 4° vez no mesmo dia. 
 Eu adoro inventar mil e uma coisas para mim, risotos, massas, molhos, carnes assadas, peixe, enfim, mas é para mim, criança não come essas coisas. As crianças tem comida de criança todo dia, arroz, feijão, macarrão, batata, legumes, verduras, frutas, o repertório básico de crianças colocado bonitinho no pratinho bem fofinho de "ciança".
 Tem dias que eu fico de pijama como já confessei aqui para vocês, mas tenho que tirar força de onde de não tenho (dizem que é a força do coração, que Deus nos dá), coloco um jeans e vou ao parquinho do prédio para elas correrem, por mais que eu não queira nada com nada as crianças não podem ficar trancadas dentro do apartamento, precisam correr um pouco e gastar um pouco de energia. Depois subo e coloco o pijama de novo...
 Esperar, esperar, esperar, estou num momento de espera na vida, somente esperar, esperar por tudo, esperar por dias melhores, por dias mais fáceis, às vezes não entendo e não aceito minha própria infelicidade, tenho que me sentir feliz pois tenho a vida que pedi a Deus, afinal não tenho mais que sair correndo as seis e meia da manhã, enfrentar um busão lotado para ir a um emprego que não gosto, aturar desaforo de patrão para ganhar um tostão que não dá para nada. Acordo todo dia no horário das crianças, que diga-se de passagem é as 4 da manhã e depois as 7 todo dia, domingo, feriado, dia santo, mas acordo de boa, tomamos nosso café em paz e tranquilos, sem pressa de sair correndo para deixar eles na escola e eu ir ao trabalho, estamos no aconchego do nosso lar, tomamos nosso café, posso fazer minhas leituras na parte da manhã, quando eles permitem, lógico, faço nosso almoço na tranquilidade, antes eu saía às vezes, muitas vezes para almoçar fora ou pedia comida, mas devido ao detox faço comida todo dia, é cansativo, mas estou tendo a oportunidade de aperfeiçoar meus dotes culinários na marra, rsrsrrs, não ligo de fazer comida o ruim é limpar depois né? 
 (...Pausa de 40 minutos para prender cabelo da neném, colocar coroa, pegar "tamisa", tirar do berço pela décima quinta vez, colocar blusa de dailalina...)
 Esperar para mudar para um lugar maior, onde terei uma lava louça, onde as roupas ficarão num único cômodo, onde terá lugar para secar a roupa (minha secadora pifou justo agora que entrou o frio, estou esperando para arrumar quando mudarmos pois tem que tirar um boxe que divide a cozinha da lavanderia) e elas não levarão uma semana para secar no frio, onde terei um único lugar para guardar e não um pouco no quarto das crianças, um pouco no guarda-roupas do nosso quarto, brinquedos embaixo da mesa da sala que é de abrir e nunca foi aberta pois para abrir é um transtorno que é melhor comer no sofá que diga-se de passagem fica nojento e me deixa mega cansada limpar os restos de comida todo santo dia várias vezes ao dia, café da manhã, lanche, almoço, lanche, janta, lanche...
 Esperar para cuidar de mim, esperar para cuidar das minhas coisas, esperar, o dom da paciência...
 Estou fazendo de tudo para aproveitar esse tempo de maneira construtiva, sempre gostei muito de ler, tenho milhares de livros, estou lendo os que tenho, pois não posso comprar mais por enquanto, somente depois do detox, faço cursos gratuitos on line, no momento estou fazendo na FGV on line, leio muito sobre economia, principalmente com o Dinheirama.com, a Empiricus e o Seiiti Arata, baixei vários livros gratuitos, a Saraiva disponibilizou vários esses dias, e o site Catraca Livre sempre divulga, estou lendo a Bíblia de novo, dessa vez peguei do começo ao fim, estou em Esdras, não adianta encher somente o cérebro, tem que encher o Espírito também, fora os passeios com as crianças durante a semana, sempre faço programas para eles, parques, atividades para crianças, mas também vamos a vários museus, igrejas históricas, exposições, enfim tudo que pode acrescentar algo a minha inteligência e que seja gratuito.
 Esse é o ano da mudança e que eu vou adquirir a tal paciência... Meta de hoje em diante: Não bufar e revirar os olhos... Essa é difícil... 
 
 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

51 dias do Detox de gastos!

 Nossa, quem diria que eu chegaria ao dia 51! Não que eu não achasse que eu chegaria, pois como me propus a ficar 365 dias sem gastos supérfluos eu sabia que conseguiria, mas é inacreditável ver que se passaram mais de 50 dias.
 Por enquanto não está sendo difícil, até porque estou sem grana, na verdade está sendo até um alívio não pensar em comprar, pois agora vejo que antes eu vivia pensando em compras, o que tinha que comprar e deixar de comprar.
 Acontece que nesses 51 dias aconteceram muitas coisas, pois como disse um colega blogueiro Cristiano, quando aperta o bolso outras mazelas aparecem. Pois é, como não posso mais camuflar meus problemas pessoais comprando comecei a ver a vida de outra forma.
 A coisa boa que eu até já citei, mas repito é que estou reaprendendo a viver, pois é, antes eu achava que só podia me divertir gastando, em restaurantes, em shows, teatros, enfim, tudo envolve dinheiro, pois é, mas descobri que dá para fazer uma centena de coisas gratuitas e nesse período de Detox (apelido carinhoso que dei ao meu jejum, propósito, promessa, lifestyle, sei lá) estou sendo sendo obrigada a buscar isso pois não vou ficar durante 1 ano trancada dentro de casa com meus filhos...
 Eu já estava descobrindo esses programas gratuitos quando decidimos economizar para trocar de apartamento a dois anos atrás, mas como eu não tinha feito esse propósito de ficar sem gastar eu ainda gastava muito dinheiro com as coisas.
 Eu achava que gastava muito com roupa, mas depois desse período de detox descobri que eu gastava muito com tudo, restaurantes, cafezinhos, bobeirinhas para as crianças, livros, livros, livros, dvds, cds.
 Comecei a fazer o detox para aprender sobre o que é realmente importante na vida e descobrir alegrias nas coisas genuínas, coisa que eu não conseguia entender que porcaria era esse negócio de alegria em coisas genuínas, mas agora que minha mente está menos poluída com consumo estou começando a descobrir.
 Não está sendo fácil nesse ponto, pois antes quando meus filhos berravam o dia inteiro, marido me enchia o saco para não ficar estressada e não gritar e relaxar entrava em algum site, comprava roupa, ou saía para comer fora, enfim, fazia alguma coisa para relaxar que envolvia gastos, com esse detox não faço mais isso, e o que aconteceu?
 Comecei a ficar virada num monstro verde que solta fumaça pela boca, pois é... Comecei a achar um monte de defeito na minha vida, cheguei a me questionar se era isso mesmo que eu queria, fiquei revoltada comigo mesma achando a vida em família um grande fardo, comecei a me achar a pessoa mais infeliz desse mundo, um horror, acho que deve ser a tal abstinência, pois conforme o tempo foi passando tudo foi melhorando, comecei a descobrir a alegria genuína da vida, comecei a melhorar meu humor e voltei a me sentir feliz. Tem dias que ainda fico muito mal humorada, mas eu sou humana, não sou perfeita e todos temos nossos dias ruins.
 Como nunca fui de me entregar, sempre fui uma batalhadora, levantei a cabeça e fui correr atrás do meu.  Atualizei nossa planilha de gastos, busco programas gratuitos e sabem que estou saindo muito hoje em dia que antigamente com livre consumo, porque agora eu não preciso do dinheiro para me divertir, só preciso de tempo e disposição e isso eu tenho.
 Nossos finais de semana estão sendo legais, sempre vamos a parques caminhar, andar de bicicleta, teatro gratuito para as crianças, exposições, estamos reconhecendo pontos turísticos da cidade, que já conhecíamos, mas antes não pareciam importantes. Nosso bolso está enchendo, a casa está mais leve, eu estou mais leve, minhas dívidas estão quase todas pagas.
 Tenho um longo caminho pela frente ainda e estou ansiosa para ver os resultados.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Trapo humano

 Eu estou virada num trapo humano mamães... Pernas sem depilar, sobrancelhas por fazer, cabelo tão comprido que bate nas costas, buço, parecendo um urso panda de tanta olheira (essa não tenho como resolver, só daqui a alguns anos quando eu voltar a dormir decentemente), minha pele está horrível, unhas ficam um dia por semana feitas e seis descascas ou sem esmalte algum e aí roídas. Estou me sentido um lixo.
 Sempre ouvir as mães falarem que não tinham tempo de se cuidar e tudo mais e eu criticava, falava, gente, absurdo, isso não é desculpa, tem que se cuidar, que mulherada relaxada, fica arrumando motivo para ficar largada...
 Quando fico em casa passo o dia todo de pijama e roupão (é de oncinha, mas é roupão, kk), não penteio os cabelos e amarro com elástico de qualquer jeito. Escovar os dentes é umas dificuldade, ir ao dentista então, faz mais de 2 anos (falando nisso acabei de marcar uma consulta), não tenho como ir ao dentista durante a semana, pois pensem comigo, enquanto estou com a boca anestesiada, as crianças já destruíram metade do consultório. Dependo do dia que meu marido pode ir junto, até porque ele também precisa ir e se eu não carrego, não vai... Isso que temos convênio, tenho 3 amigonas que são dentistas, é falta de tempo...
 Pois é mamães, e eu que vivo brigando com minha mãe, mandando ela se cuidar, fico indignada que ela não se cuida (monocelha, unhas por fazer, pernas cabeludas, ieca), acontece que estou igual. Estou uma mulamba gente, o que aconteceu comigo???
 Fora minha mania de arrancar cabelos quando não estou roendo a unhas, estou com vários fiapos arrepiados no topo da cabeça, que horror!!!!
 Já fui modelo quando era novinha gente, não posso ficar desse jeito!!!! Bem que me falavam que mãe não arruma tempo ou saco para se cuidar e achei que não me entregaria nunca, quando os bebês era menores eu ainda ia ao salão, colocava eles no bebê conforto e conseguia pelo menos cortar os cabelos e fazer as unhas (conseguia naquelas, pq eles berravam lá pela metade, eu tinha que parar tudo, manchava o esmalte, tanto que desisti de ir em salão), fora que começou minha contenção de gastos e não posso ficar gastando fortunas por mês em salão, pelo menos até fecharmos tudo com o apartamento.
 Agora tem o detox de gastos, não posso gastar, mas isso não significa que não posso me cuidar certo?
 Preciso erguer a cabeça mamães consumistas, tenho sorte que minha genética é boa, pelo menos tenho um rosto e um cabelo bacanas e estou magrinha, porque me cuido, mas em parte também por causa da correria do dia a dia, faço comida todos os dias, por causa das crianças, faço as coisas que eu gosto, mas quando chega a noite e as crianças foram dormir a última coisa que penso é em comer, estou tão exausta que não consigo jantar direito, só belisco alguma coisa (sempre saudável, porque eu não como porcaria, frutas, sanduíche de pão integral e queijo branco, iogurte zero gordura, gelatina, sou bem light) e também caminho muito (faço tudo no bairro a pé) e ando de bicicleta.
  Quanto ao pijama já decidi, tenho tanta roupa, mas tanta, inclusive agora (não agora, em abril, lembram?) comprei várias calças jeans, coisa que eu não tinha mais devido ao engorda, emagrece, e várias blusas, tenho que me vestir mesmo que seja para ficar em casa com as crianças o dia todo e colocar um perfuminho também, eu meio que faço isso, mas não sempre, precisa ser sempre, não é porque fico em casa que tenho o direito de parecer uma pessoa hospitalizada.
 Quando saio nem digo, porque sempre passo um make, coloco uma roupa bacana e saio, mas eu sei que é só aparência exterior, porque eu sei o jeito que estão minhas pernas e não está bom...
 Maquiagem em casa todo dia eu nem digo, porque gosto de às vezes fazer o tipo sem maquiagem, aliás, está até na moda fazer selfies sem maquiagens, né? É bom para a pele descansar.
 E cremes mamães? Tenho zilhões de cremes, me endividei por causa de alguns deles e não passo! Sempre fui uma cremilda, passo creme em tudo, agora o máximo que faço e forçado ainda é o Bio Oil para as estrias e passo mal passado ainda, e um nívea no rosto que passo mal e porcamente para dizer que passo...  Não é nem o caso de comprar, porque eu tenho alguma coisa ainda, mas é que tenho que passar!
  Vou agora mesmo passar um satinele nas pernas, levantar essa cabeça e me cuidar.
 Ser mãe e ficar dentro de casa não é desculpa para embagulhar, não posso me desvalorizar assim, tenho uma aparência muito boa para relaxar desse jeito!
 Bora para frente mamães, mais um desafio, largar meu cansaço de lado e arrumar 10 minutos ao dia para cuidar da minha aparência, boa aparência, boa auto estima, boa auto estima, mais energia, mais força, mais vontade de conquistar os objetivos!

terça-feira, 15 de julho de 2014

Foco e planilhas

Com toda essa correria abandonei o que quem sabe foi a parte mais importante do processo de economizar, a planilha... Que vergonha, desde o começo do ano ela estava feita pela metade, de qualquer jeito, sem as informações, acho que por causa disso que me perdi tanto assim nas contas e não consegui acertar os cheques antes do que foi acertado...
 Enfim, a cabeça cheia, muita briga dentro de casa, muito serviço para fazer, depois dizem que dona de casa não faz nada, que é dondoca, que como que não tem tempo de fazer as coisas. Deus, eu não paro o dia inteiro, o dia inteiro lavando louça, recolhendo brinquedo, limpando comida no chão, no sofá, nos armários, dobrando as roupas nas gavetas, que duram 5 minutos, enfim, toda a ladainha que só quem é mãe sabe o que é. Ficar sem ajudante é terrível...
 Só que nada disso é desculpa para minha perda de foco. Esqueci completamente das planilhas, deixei de lado, tentava e não conseguia colocar em dia.
 Ontem arregacei as mangas, olhei para meus filhos e disse, hoje a mamãe tem que trabalhar, tenho que colocar isso em dia. Passei o dia inteiro, mas terminei, planilha está completinha desde janeiro até o dia de hoje, agora está fácil é só lançar o que vier daqui para a frente.
 Mamães, falo para vocês, a planilha é essencial, esses sites de economia insistem nisso e tem gente que acha que é bobagem, mas digo a vocês que não é. Através dela que descobrimos as brechas onde deixamos nosso dinheiro escapar, onde vemos o que é superficial que não tem necessidade de gastar, onde vemos o que podemos gastar sim, pois se deixarmos futilidades de lado, sobra mais para as coisas boas.
 E tem que anotar tudo mamães, tudo mesmo, antes eu deixava passar o cafezinho, achando que 10 pila não faz diferença, deixava o estacionamento, ah, não é gasto, mas tudo, tudo mesmo conta para a conta final fechar.
 Vale mega a pena. Baixei um aplicativo no celular, o Minhas Economias, onde lanço os valores quase que diariamente, minha meta é lançar sempre que eu gastar alguma coisa. Tenho um caderno de caixa, aqueles de papelaria que custa 5 pila, eu e o marido guardamos todas as notas fiscais, todas, e sempre pedimos nota. Com todas essas informações eu jogo numa planilha do Excel onde consigo saber tudo que gastamos, ganhamos, dia de vencimento, dia de pagamento.
 No começo é trabalhoso, é chato, parece difícil, mas não é e super vale a pena. Sabem que comecei essa planilha no começo do ano passado, num momento onde ainda tínhamos um bom montante para pagar do financiamento do nosso apartamento atual, foi onde decidimos mudar de apartamento. Fizemos nosso plano, vamos terminar de quitar o apartamento onde moramos, depois vendemos e damos o valor de entrada num apartamento maior e o restante financiamos. Só que nesse momento nem imaginávamos de onde íamos tirar dinheiro para quitar nosso apartamento atual. Foi com a planilha de gastos que conseguimos identificar os vazamentos e de onde tiramos todo mês dinheiro para quitar o financiamento, conseguimos quitar em 1 ano e meio o que faltava.
 Foi milagre? Não, Deus sempre ajuda para tudo dar certo, mas temos que sempre fazer nossa parte, porque Deus não vai fazer ninguém ganhar na mega sena só porque quer mudar de apartamento, Ele diz, olha, vocês querem o apartamento maior, vou ajudar vocês, mas vocês me ajudem também, economizem e façam as coisas direito...
Fizemos, calculamos, cometemos erros, porque a planilha não mente, mas eu me fazia de cega às vezes, tanto que deu no que deu, né? Só que como estava tudo planilhado, tinha dinheiro da casa, que conseguimos guardar através das planilhas.
 Mamães, acreditem, uma planilha pode mudar a vida de qualquer um, pode fazer qualquer um conseguir realizar seu sonho.
 Lanço tudo, mas tudo mesmo, café na esquina, o chocolate da tpm, o almoço comazamiga, passeio com a família, depois de tudo lançado eu grifava o que não precisava, o que eu poderia ter deixado de gastar, o que eu poderia ter me controlado e ter guardado e foi assim que conseguimos economizar um dinheiro.
 Parece bobagem, mas não é, porque no final das contas eu descobri que posso tomar um cafezinho na esquina desde que eu não peça marmita todo santo dia porque estou cansada para fazer comida, achei melhor encarar o cansaço, fazer a comida e sobra para uma sobremesa de vez em quando (que agora não posso pois estou no detox, bom que vou acabar guardando dinheiro.)
 Bom, ontem voltei ao foco, não adianta abandonar o barco pois ele está quase atracando, não importa as brigas, não importa o que aconteceu, não importa as dificuldades que estou passando, o que importa é chegar ao objetivo, bom que marido está junto, brigamos, depois os dois olham um para o outro e falam, é, só estamos brigando assim porque estamos nessa empreitada juntos, vamos voltar ao foco e deixar as firulas de lado, porque esse sonho só existe em conjunto, é de nós dois.
 Foco e planilhas mamães!!!!

terça-feira, 8 de julho de 2014

O que Emily Thorne de Revenge tem a nos ensinar...

Está aí uma mulher determinada que sabe o que quer da vida... Ela é focada, sabe exatamente o que quer e nada, absolutamente nada nem ninguém tira ela do foco daquilo que ela quer.
 Vamos esquecer a parte de que ela é uma assassina fria, cruel e calculista e que passa por cima de qualquer um e de qualquer coisa para obter o que quer (ninguém deve cometer assassinatos para conseguir o que quer).
 Fico impressionada com a destreza com que ela toca a vida a vida dela. Ela não está nem aí para a sogra diabólica, para as traições do cara que ela escolheu para ser seu marido e ela entrar na família, ela não deixa as picuinhas do dia a dia influenciar seu plano perfeito em nada.
 Olhando ela elaborar seus planos e executá-los vemos como às vezes deixamos de fazer coisas importantes porque nos pegamos em pequenas coisas.
  Fora que ela é uma líder nata! Ela tem o Jack, o Nolan, o Aiden e até o Conrad como seus cúmplices e eles fazem tudo por ela. Ela elabora, eles até resmungam, mas executam tudo que ela quer. Como ela consegue?
 O foco dela no que ela quer é impressionante, coisas que para nós fariam nosso mundo cair, tipo, o vestido não deu certo, a sogra fez fofoca, o noivo é um completo idiota, a melhor amiga trai, o namorado sai com outra,  nada disso tira ela do foco principal que é vingar a morte e restaurar o nome do pai dela.
 Ela até faz caras e bocas quando está com a família do noivo que virou marido, mas é tudo fingimento, é impressionante tudo que acontece naquela casa e ela não está nem aí, pois o objetivo que ela tem é muito maior que qualquer bobagem do dia a dia. O dia a dia para ela é somente o dia a dia, ela não está nem aí, ela tem um monte de dinheiro, mas ela não está nem aí para o dinheiro, ela somente o usa para conseguir executar seu plano, usou para viajar o mundo, estudar, se aperfeiçoar, conehcer pessoas, ficar influente, mas ela não liga nada para o material. Ela só usa aqueles vestidos chiquetérrimos para fazer o papel da socialite fútil, mas a verdade é que ela gosta mesmo é de usar aquele moleton com capuz horroroso que ela jura que fica invisível quando está com ele.
 Ela não se pega em futilidades, o objetivo dela é muito maior que qualquer casa, vestido, objetos, quadros. Ela vive num mundo cheio de glamour, pois ela precisa estar nesse mundo para executar seu plano, mas ela não liga para nada disso.
 O que podemos aprender com a Emily é que não importa as dificuldades do dia a dia, não importa o que possa acontecer no caminho, não importa o quão difícil possa ser a jornada, quando se tem foco e objetivo nada nem ninguém pode te tirar do teu caminho, afinal no final de tudo ela conseguiu o que tanto queria...