Ontem foi o pior dia da minha vida, isso que já tive dias ruins... Ir ao banco devolver os cheques, marido me pegou pela mão e foi até lá comigo ver toda minha situação financeira no banco e não sei como não teve um treco. Empréstimo, 19 cheques devolvidos, comi todo o dinheiro da poupança que tinha que estar guardado, usando limite do cheque especial, enfim... Pior das piores situações. Nunca me senti tão envergonhada em toda minha vida. Reclamo tanto dele, mas dessa vez eu pisei na bola, fui eu que decepcionei ele... O que ele cobriu corresponde a 1 ano da minha ajuda de custo ou mesada como acharem melhor chamar...
Nunca senti tanta vergonha de eu mesma, tão decepcionada, queria enfiar a cabeça num buraco, ele lá pedindo os extratos e relatórios para a gerente como se eu fosse uma incapaz de controlar minha vida (o que demostrei que sou mesmo), só me senti assim quando eu tinha 17 anos, passei no vestibular e fui estudar Ciências da Computação na faculdade em 1800 e antigamente e passei para estudar a noite. Minha família não queria que eu estudasse a noite de jeito algum, na primeira sexta-feira de aula saí com o pessoal da faculdade como qualquer adolescente faz, mas minha família achava um absurdo sair de casa e se divertir, ainda mais a noite, meu pai pegou na segunda-feira, me levou pela mão à faculdade, fez o maior barraco até me transferirem para o matutino, pq até então não tinha vagas, mas como dinheiro faz tudo e isso ele tinha, ele conseguiu. Eu morava com minha mãe e irmãos em outra cidade na época e ia ônibus fretado para a faculdade, pois além de me transferir para a manhã, chegou na casa da minha mãe, jogaram todas as minhas roupas dentro de uma mala e me obrigaram a ir morar com ele contra minha vontade. Nunca senti tanta vergonha na minha vida assim até ontem...
Na época da faculdade eles foram injustos comigo, eu era uma adolescente na faculdade e queria aproveitar a vida, coisa que eles nunca deixaram, por isso com 19 anos fui morar sozinha, larguei faculdade, meu pai e dinheiro, fiquei anos dura e não me recuperei até hoje, pois quando decidi que não queria ser prisioneira da minha própria família eles me "deserdaram", mandaram eu andar com minhas próprias pernas, falaram que para eu ter dinheiro deles tinha que dançar conforme a música deles, eu não quis dançar, fui andar com minhas próprias pernas, coisa que eu fiz com muita alegria e nunca, nem por um dia da minha vida me arrependi disso.
Acontece que ontem quem fez a cagada fui eu, eu realmente fiz algo errado, eu errei, eu pequei, eu gastei um dinheiro que eu não tinha, quero coisas que não posso pagar, quero mais que posso ter, tenho o olho maior que a barriga como dizem. Não sei o que acontece comigo, não sei se quero recuperar tudo que me foi tirado na adolescência, se quero parecer ser mais do que sou, se quero parecer rica, elegante, se não aceito que tenho limites, que não posso ter tudo, mas não posso repetir o mesmo erro dos meus pais, pois estou fazendo igual, torrando o dinheiro da minha família, da MINHA família, a família que eu escolhi, que eu contruí, que eu não quero perder de jeito algum.
Medo de estragar meu casamento, do meu marido me deixar, de que ele deixe de me amar, que meus filhos me odeiem...
Senti tanta vergonha, queria ser uma avestruz e me enfiar em qualquer buraco, pois não conseguia olhar para a cara da gerente do banco, para meu marido, para meus filhos... O que foi que eu fiz? Para que tantas dívidas, tantos cheques, tantas roupas, tantos almoços, tantos sapatos, tanto tudo? Quero tudo ao mesmo tempo. Queria ficar a vida inteira me perguntando porque, mas como não sei, tenho que mudar minhas atitudes na marra, o porque está difícil descobrir, e não interessa porque, mas sim que tenho que ser diferente, não posso mais fazer isso...
Agora vamos mudar de apartamento, vai aumentar o valor do financiamento, vamos ter despesas, agora tenho que economizar na marra. Tudo que eu tinha que ter economizado nesses 2 anos que passaram, eu não economizei e ainda por cima gastei, vou ter que fazer agora na marra, tenho que fazer de qualquer jeito, já podia ter feito, já podia ter passado a pior fase, mas preferi deixar o pior para depois, pois bem, a hora chegou e terei que economizar e pronto, por livre e espontânea pressão.
Sei que tudo que eu tinha conquistado eu perdi por um tempo, eu que pagava as contas de casa, cuidava de tudo, marido vetou tudo, inclusive minha ajuda de custo, e não posso falar nada... Agora só vivo das comissões que vierem das vendas sendo que eu não consigo me dedicar pois as crianças e a casa não me deixam, mas enfim, tenho que pagar minha dívida com ele e corresponde a seis meses de ajuda e quando voltar minha ajuda, são mais 4 meses para eu colocar o dinheiro de volta na minha poupança...
Li uma reportagem na Boa Forma de maio sobre viver bem com menos, praticar o desapego e adorei, um dos entrevistados falou que se propôs a ficar 365 dias sem comprar absolutamente nada, já está a seis meses e disse que está aprendendo muito com isso.
Vou fazer isso, mais um desafio dos tantos que faço, mas quando me desafio eu consigo, é o primeiro passo para pagar o que devo e fazer uma poupança.
Até porque sou obrigada a fazer isso já que não tenho mais recursos pois perdi a confiança do meu marido...
Mas achei uma ótima idéia e para eu conseguir a continha básica do guardar 10%, dar 10% dízimo e viver com o que sobrar começa por eu não comprar mais nadinha até pagar o que já devo. O que devo agora não compromete meu nome, são aquelas últimas roupas que comprei com minha amiga, nome não vai ao Spc, Serasa e nada mais, só mesmo minha moral e uma amizade se eu não pagar.
Apesar de eu já estar a um mês sem comprar nada, vou começar a contagem a partir de amanhã, pois é dia 1 de junho, achei uma boa data de início. Quem topa entrar nessa comigo? Quem acha que consegue, pode e precisa?
A partir de amanhã vou postando a contagem no Facebook e contando como vai ser a desintoxicação e quais serão os sintomas da abstinência, sim, porque se drogados e alcoólatras tem abstinência, com certeza uma consumista vai ter. Beijinhos a todas as mamães...
*(estou postando no Facebook fotos das roupas que me fizeram chegar a essa situação, quem quiser confere lá)
Nunca senti tanta vergonha de eu mesma, tão decepcionada, queria enfiar a cabeça num buraco, ele lá pedindo os extratos e relatórios para a gerente como se eu fosse uma incapaz de controlar minha vida (o que demostrei que sou mesmo), só me senti assim quando eu tinha 17 anos, passei no vestibular e fui estudar Ciências da Computação na faculdade em 1800 e antigamente e passei para estudar a noite. Minha família não queria que eu estudasse a noite de jeito algum, na primeira sexta-feira de aula saí com o pessoal da faculdade como qualquer adolescente faz, mas minha família achava um absurdo sair de casa e se divertir, ainda mais a noite, meu pai pegou na segunda-feira, me levou pela mão à faculdade, fez o maior barraco até me transferirem para o matutino, pq até então não tinha vagas, mas como dinheiro faz tudo e isso ele tinha, ele conseguiu. Eu morava com minha mãe e irmãos em outra cidade na época e ia ônibus fretado para a faculdade, pois além de me transferir para a manhã, chegou na casa da minha mãe, jogaram todas as minhas roupas dentro de uma mala e me obrigaram a ir morar com ele contra minha vontade. Nunca senti tanta vergonha na minha vida assim até ontem...
Na época da faculdade eles foram injustos comigo, eu era uma adolescente na faculdade e queria aproveitar a vida, coisa que eles nunca deixaram, por isso com 19 anos fui morar sozinha, larguei faculdade, meu pai e dinheiro, fiquei anos dura e não me recuperei até hoje, pois quando decidi que não queria ser prisioneira da minha própria família eles me "deserdaram", mandaram eu andar com minhas próprias pernas, falaram que para eu ter dinheiro deles tinha que dançar conforme a música deles, eu não quis dançar, fui andar com minhas próprias pernas, coisa que eu fiz com muita alegria e nunca, nem por um dia da minha vida me arrependi disso.
Acontece que ontem quem fez a cagada fui eu, eu realmente fiz algo errado, eu errei, eu pequei, eu gastei um dinheiro que eu não tinha, quero coisas que não posso pagar, quero mais que posso ter, tenho o olho maior que a barriga como dizem. Não sei o que acontece comigo, não sei se quero recuperar tudo que me foi tirado na adolescência, se quero parecer ser mais do que sou, se quero parecer rica, elegante, se não aceito que tenho limites, que não posso ter tudo, mas não posso repetir o mesmo erro dos meus pais, pois estou fazendo igual, torrando o dinheiro da minha família, da MINHA família, a família que eu escolhi, que eu contruí, que eu não quero perder de jeito algum.
Medo de estragar meu casamento, do meu marido me deixar, de que ele deixe de me amar, que meus filhos me odeiem...
Senti tanta vergonha, queria ser uma avestruz e me enfiar em qualquer buraco, pois não conseguia olhar para a cara da gerente do banco, para meu marido, para meus filhos... O que foi que eu fiz? Para que tantas dívidas, tantos cheques, tantas roupas, tantos almoços, tantos sapatos, tanto tudo? Quero tudo ao mesmo tempo. Queria ficar a vida inteira me perguntando porque, mas como não sei, tenho que mudar minhas atitudes na marra, o porque está difícil descobrir, e não interessa porque, mas sim que tenho que ser diferente, não posso mais fazer isso...
Agora vamos mudar de apartamento, vai aumentar o valor do financiamento, vamos ter despesas, agora tenho que economizar na marra. Tudo que eu tinha que ter economizado nesses 2 anos que passaram, eu não economizei e ainda por cima gastei, vou ter que fazer agora na marra, tenho que fazer de qualquer jeito, já podia ter feito, já podia ter passado a pior fase, mas preferi deixar o pior para depois, pois bem, a hora chegou e terei que economizar e pronto, por livre e espontânea pressão.
Sei que tudo que eu tinha conquistado eu perdi por um tempo, eu que pagava as contas de casa, cuidava de tudo, marido vetou tudo, inclusive minha ajuda de custo, e não posso falar nada... Agora só vivo das comissões que vierem das vendas sendo que eu não consigo me dedicar pois as crianças e a casa não me deixam, mas enfim, tenho que pagar minha dívida com ele e corresponde a seis meses de ajuda e quando voltar minha ajuda, são mais 4 meses para eu colocar o dinheiro de volta na minha poupança...
Li uma reportagem na Boa Forma de maio sobre viver bem com menos, praticar o desapego e adorei, um dos entrevistados falou que se propôs a ficar 365 dias sem comprar absolutamente nada, já está a seis meses e disse que está aprendendo muito com isso.
Vou fazer isso, mais um desafio dos tantos que faço, mas quando me desafio eu consigo, é o primeiro passo para pagar o que devo e fazer uma poupança.
Até porque sou obrigada a fazer isso já que não tenho mais recursos pois perdi a confiança do meu marido...
Mas achei uma ótima idéia e para eu conseguir a continha básica do guardar 10%, dar 10% dízimo e viver com o que sobrar começa por eu não comprar mais nadinha até pagar o que já devo. O que devo agora não compromete meu nome, são aquelas últimas roupas que comprei com minha amiga, nome não vai ao Spc, Serasa e nada mais, só mesmo minha moral e uma amizade se eu não pagar.
Apesar de eu já estar a um mês sem comprar nada, vou começar a contagem a partir de amanhã, pois é dia 1 de junho, achei uma boa data de início. Quem topa entrar nessa comigo? Quem acha que consegue, pode e precisa?
A partir de amanhã vou postando a contagem no Facebook e contando como vai ser a desintoxicação e quais serão os sintomas da abstinência, sim, porque se drogados e alcoólatras tem abstinência, com certeza uma consumista vai ter. Beijinhos a todas as mamães...
*(estou postando no Facebook fotos das roupas que me fizeram chegar a essa situação, quem quiser confere lá)
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